Criança recebe veneno durante tratamento hospital no PR
Por EvandroFadel | Agência Estado – 2 horas 27 minutos atrás
Uma criança de três anos foi intoxicada pelo aldicarbe, princípio ativo
de um agrotóxico às vezes utilizado irregularmente como raticida, quando
é chamado "chumbinho", ao ser atendida no Centro Médico Municipal de
Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. O veneno foi
ministrado como se fosse carvão ativado, um dos tratamentos para a
intoxicação por naftalina, motivo do internamento. Tão logo percebido o
problema, ela foi levada ao Hospital Infantil Waldemar Monastier. "Foi
salva porque o hospital fica ao lado, com poucos minutos a mais iria
perder a vida", disse o superintendente estadual da Vigilância
Sanitária, Sezifredo Paz. O caso aconteceu no fim de novembro,
mas foi divulgado somente agora, após a Vigilância Sanitária receber o
resultado dos exames realizados no Instituto de Criminalística de
Curitiba, que comprovou tratar-se do aldicarbe. No Paraná, a venda desse
produto é proibida, embora seja liberada em alguns Estados. Entre 2010 e
2011, foram registrados 245 casos de intoxicação no Estado, dos quais
dez foram a óbito. Paz disse que está encaminhando um pedido à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a proibição de venda
seja estendida a todo o País. "É muito tóxico", afirmou.
A criança foi atendida no setor de pediatria do centro médico e, pelo protocolo para desintoxicação por naftalina, após a lavagem gástrica deveria receber o carvão ativado. Mas, entre os frascos desse produto, havia um com o "chumbinho", que lhe foi ministrado. Ao perceberem que a criança piorava, foi conduzida ao Hospital Infantil, que pertence ao Estado, sendo internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ela já está em casa e, de acordo com os médicos, não deve ficar com sequelas.
De acordo com Paz, há uma hipótese em investigação de que o frasco com o "chumbinho" teria sido levado pela mãe de um paciente intoxicado. O frasco encaminhado à Vigilância Sanitária com o produto para análise estava com o rótulo cortado, impossibilitando a identificação. A direção do estabelecimento foi intimada a dar as explicações e instaurou sindicância. O caso foi encaminhado também para a Polícia Civil que investigará a responsabilidade criminal.
Em inspeção no centro médico, terça-feira, a Vigilância Sanitária encontrou outras irregularidades, particularmente em relação à higiene, e interditou o setor de pediatria, lavanderia, central de materiais e posto de enfermagem. A polícia e agentes da Vigilância Sanitária fizeram buscas no comércio de Campo Largo, mas não encontraram o inseticida aldicarbe.
A criança foi atendida no setor de pediatria do centro médico e, pelo protocolo para desintoxicação por naftalina, após a lavagem gástrica deveria receber o carvão ativado. Mas, entre os frascos desse produto, havia um com o "chumbinho", que lhe foi ministrado. Ao perceberem que a criança piorava, foi conduzida ao Hospital Infantil, que pertence ao Estado, sendo internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ela já está em casa e, de acordo com os médicos, não deve ficar com sequelas.
De acordo com Paz, há uma hipótese em investigação de que o frasco com o "chumbinho" teria sido levado pela mãe de um paciente intoxicado. O frasco encaminhado à Vigilância Sanitária com o produto para análise estava com o rótulo cortado, impossibilitando a identificação. A direção do estabelecimento foi intimada a dar as explicações e instaurou sindicância. O caso foi encaminhado também para a Polícia Civil que investigará a responsabilidade criminal.
Em inspeção no centro médico, terça-feira, a Vigilância Sanitária encontrou outras irregularidades, particularmente em relação à higiene, e interditou o setor de pediatria, lavanderia, central de materiais e posto de enfermagem. A polícia e agentes da Vigilância Sanitária fizeram buscas no comércio de Campo Largo, mas não encontraram o inseticida aldicarbe.